O embaixador de Angola na República Árabe do Egipto, Nelson Cosme, disse há dias, em declarações ao jornal “Daily News Egypt”, que a iniciativa empresarial ocorre na sequência da realização, em Março, de uma mesa redonda de investimentos Angola-Egipto.
Nelson Cosme falou sobre a cooperação entre Angola e o Egipto, projectos conjuntos no sector da Energia, Fórum de Desenvolvimento Sustentável de Aswan e COP-27. O diplomata defendeu que o reforço da cooperação com o Egipto deve assumir um estatuto político e económico ao mesmo tempo e a todos os níveis.
O embaixador elogiou o desenvolvimento das relações bilaterais com o Egito, destacando seu papel fundamental no apoio aos esforços de paz e estabilidade no continente africano e sua significativa contribuição para o avanço da agenda africana de 2063, sob os auspícios da União Africana.
A parceria entre Angola e Egito abrange uma ampla gama de áreas, assim como empresas egípcias que trabalham com projetos em Angola, como Elsewedy, Orascom e Arab Contractors. As empresas estão a contribuir para o programa de reconstrução e desenvolvimento de Angola, disse o político.
interesse angolano
Angola está interessada na nova abordagem política e económica ao estilo africano adoptada pelo Egipto (referente à Agenda 2030 e ao Plano Director 2050), bem como oportunidades de investimento nos sectores industrial, energético, informático e mineiro. Além disso, o país quer se beneficiar da experiência egípcia na indústria farmacêutica, especialmente na área sorológica.
Refira-se que as autoridades egípcias forneceram a Angola diversos equipamentos médicos e vacinas contra o coronavírus, equivalentes a mais de um milhão de dólares, através de empresas egípcias e do próprio Governo.
Nelson Cosme salientou que existem projectos conjuntos no sector da energia, tendo por base o facto de Angola ser um produtor de petróleo e gás e que actualmente procura estreitar os laços com o Egipto e outros países africanos, para melhorar o seu apoio técnico e financeiro. , com o objetivo de fortalecer o desenvolvimento do setor.
O objectivo, segundo os estrategas angolanos, é alcançar o desenvolvimento sustentável, especialmente nas áreas de refinação de petróleo, produtos químicos de petróleo e armazenamento.