O ministro das Comunicações, Tecnologias de Informação e Comunicações Públicas, Mário Oliveira, manifestou, esta sexta-feira (30), em Luanda, a promoção da comunicação "decisiva e responsável" na defesa dos interesses dos cidadãos e do desenvolvimento do país como principal desafios institucionais do futuro.

"Temos de trabalhar uma comunicação que vá ao encontro dos anseios de Angola e do povo angolano", disse o ministro, em "mata-bicho" com especialistas de diversos meios de comunicação social, no jornal Centro de Formação Domiciliar (Cefojor), de forma a recolher contributos para o desenvolvimento da indústria.
Mário Oliveira manifestou a sua vontade de receber financiamento de vários meios de comunicação social e salientou a necessidade de os juntar para fazer um trabalho que dignifique o trabalho, o país e os cidadãos.
Com base no lema "Quem quiser ir rápido, vá sozinho, quem quiser ir longe, vá junto", o ministro desafiou que haja mais equilíbrio entre jornalistas de organizações públicas e privadas.
“Faremos o nosso melhor para reunir todos os jornalistas, não separados, para acabar com a história de separação entre jornalistas privados e governamentais”, disse ele.
Verdade e mentira na imprensa
No que diz respeito à liberdade de imprensa, o ministro disse que o país tem mais de 20 rádios e muitos jornais independentes, incluindo sites, onde alguns especialistas relatam o que “se passa pela cabeça, entre verdades e mentiras”.
Mário Oliveira diz que, em alguns meios de comunicação privados, as linhas editoriais são identificadas pelos seus proprietários e lamenta que apenas os meios de comunicação social sejam considerados quando se trata de jornais de liberdade.
Para este responsável, "a liberdade absoluta não existe em parte alguma do mundo", recorde-se que a imprensa pública nacional tem dado espaço a várias instituições públicas e organizações políticas consoante as suas necessidades, consoante as atividades de cada organização.
O Ministro das Telecomunicações, Tecnologia da Informação e Comunicações Públicas (MINTTICS) também aproveitou esta oportunidade para agradecer aos jornalistas por seus esforços nas eleições gerais de 24 de agosto.
O ministro reconheceu: "O contributo dos meios de comunicação social permitiu que as eleições fossem harmoniosas", destacando o "enorme papel" desempenhado pelos meios de comunicação social ao longo das últimas décadas no reforço da democracia.
A ministra disse que ao convidar os jornalistas a orientarem as suas actividades quotidianas por motivos éticos e entomológicos, os meios de comunicação social devem estar mais envolvidos na educação, respeitando a liberdade e valorizando o que podem ser actos públicos dos cidadãos.
Mário Oliveira fala sobre o conjunto de ações que estão sendo desenvolvidas pelo MINTTICS, com destaque para a capacitação e desenvolvimento de pessoal do Cefojor e do Instituto de Telecomunicações (Itel), ambas facilidades cedidas pelo ministério. Por isso, ele instou os profissionais de mídia a realizar vários cursos nessas instituições.
Jovens para um novo emprego
Para os trabalhadores mais velhos e experientes, o Ministro pediu que orientassem os jovens que desejam assumir este trabalho. “Os jovens que hoje ingressam nesta profissão precisam de preparação, educação e orientação”, alerta Mário Oliveira, incentivando o uso racional e racional das redes sociais.
"As expressões extremas que muitas vezes ouvimos aqui não ajudam na reportagem responsável", disse o ministro, observando que a mídia social, se mal utilizada, pode ser uma arma que pode destruir pessoas, organizações e nações.
Situações sociais ocupacionais
O ministro defendeu melhores condições sociais e de trabalho para os meios de comunicação, mas não comentou as condições salariais dos jornalistas, apenas frisou que o problema pode ser resolvido através de planos de reforma, melhoria da economia e bem-estar social do Executivo.
"Nenhum de nós pode se contentar com um salário de 10 milhões PRIMEIRO, por outro lado, não há cadeiras na redação para sentar, a internet e os computadores estão em condições de funcionamento", argumentou o ministro, lembrando que o ministério continua competir com os responsáveis por diversos meios de comunicação.
Ele afirma que "passos importantes" foram dados em outras áreas.
A reparação não é o fim dos profissionais
Edna Dala
No "mata-bicho", marcado por um conjunto de intervenções, com enfoque na reforma dos jornalistas, o ministro Mário Oliveira sublinhou que a reforma "não é apenas um problema para os Media e não representa o fim dos profissionais".
A transição, explicou, é uma nova etapa na vida de uma pessoa que foi treinada para o trabalho, mas não permite mais a entrada de pessoas que não são mais úteis à sociedade.
Atendendo às reclamações de jornalistas que sugeriram que existem profissionais formados que não devem ser contabilizados nas aposentadorias por terem conhecimento suficiente para repassar àqueles que estão começando, lembra: lembre-se que todos os países do mundo fixam a idade de aposentadoria para o governo. trabalhadores. , que mais tarde encontrou uma maneira de melhorar um determinado trabalho de uma maneira muito diferente.
Assim, o Ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicações aproveitou esta oportunidade, nos próximos dias, para anunciar a Caixa de Previdência nesta área.
Ele convocou os presentes e outros profissionais envolvidos no instituto para abordar os problemas sociais de todos os profissionais em sala de aula no futuro.
Depois de um período de perguntas e respostas e ouvindo vários contributos dos jornalistas presentes, Mário Oliveira disse que o ministério vai continuar a divulgar propostas para melhorar o desempenho da indústria e contribuir para o desenvolvimento progressivo do jornalismo.
Gênero na mídia
Para a presidente da Comissão de Portfólio e Ética, Luísa Rogério, as mulheres “continuam muito sub-representadas”, sobretudo na comunicação social.
O responsável pela unidade que supervisiona a atuação dos repórteres em todo o país disse que há pouca estrutura de comunicação com as mulheres no Conselho de Administração. Ele dá o exemplo de que não há mulheres no setor público no Conselho de Administração, em áreas relacionadas a Conteúdo e responsabilidades editoriais.
“Não estamos bem representados em termos de género e esta desigualdade no país é óbvia”, disse, referindo que Angola, pela primeira vez, tem um Vice-Presidente da República, Presidente da Assembleia Nacional e dois Vice-Presidentes. Os presidentes dos dois principais partidos políticos devem incentivar outros ministérios, como o de Relações Públicas, a seguir o exemplo.
"Como temos mulheres no comando, acredito que podemos incentivar e implementar uma mudança de paradigma." Ainda relacionado com as questões de género, a ministra disse que é necessário cooperar para que mais mulheres possam ser atraídas para o trabalho da imprensa.
Luísa Rogério apresentou o encontro, salientando que permite aos jornalistas colocar questões de forma aberta e transparente, sem acordo ou autoavaliação. Em seguida, lamentou a forma como muitos jornalistas estão sendo aposentados, apesar da capacidade de continuar trabalhando, e apontou a importante questão socioeconômica dos jornalistas como uma das preocupações mais urgentes.
Alguns participantes argumentaram que a fraca força econômica e social dos jornalistas faz com que os jornalistas profissionais violem sistematicamente os princípios éticos e éticos da profissão, se envolvam em ações não coletivas.