Crime económico é preocupação dos dirigentes da PGR

Os crimes económicos, como furto, roubo e burla, e os crimes físicos lesivos da dignidade humana estão entre as preocupações da Procuradoria-Geral da República, ao nível dos estados do Cuanza-Norte, Malanje, Uíge e Zaire, revelou coordenador do Distrito Legislativo Norte, Neto Joaquim.

O subprocurador Neto Joaquim explicou que estas ações ocorreram devido ao desemprego e outros problemas financeiros, que foram agravados pelo aumento da concentração de pessoas em áreas urbanas que podem levar a ações relacionadas a furtos, roubos, fraudes e outros aspectos econômico-financeiros.

O desembargador não forneceu dados estatísticos sobre a evolução da área que tutela, para o ano em curso, mas sublinhou que a prisão preventiva excessiva continua a ser uma preocupação da PGR. Acrescentou que a PGR está a trabalhar para que cada arguido passe mais tempo na prisão do que o permitido por lei.

O coordenador do Distrito Judicial do Norte falou sobre as condições de trabalho enfrentadas pelos juízes que exercem funções nos tribunais da Comarca de Malanje e Uíge, que considera impróprias para o desempenho satisfatório das suas funções.

O responsável, que falava no encerramento da reunião de revisão do Distrito Judicial do Norte, entendeu que os responsáveis ​​pela aplicação da lei devem trabalhar em órgãos respeitáveis ​​para melhor gerir os processos do Judiciário do Norte.

Falou ainda da falta de meios de transporte para que os procuradores possam concluir o seu trabalho, disse, deveriam estar mais bem equipados para desenvolver soluções nesta área.

Ele reiterou que o Ministério da Segurança Pública é o órgão que promove a ação penal, “mas, segundo ele, precisa do apoio das polícias que investigam a ação penal atuando na área de orientação processual, finanças policiais e AGT, que são órgãos auxiliares do atividades do Ministério de Assuntos Públicos”, disse.

Presunção de inocência

O promotor africano Gamboa destacou a importância da presunção de inocência como direito de todo cidadão a qualquer crime.

Este responsável ao falar sobre o tema “Etapa de instrução da preparação criminal” enfatizou que a sequência da preparação do procedimento é a fase em que se recolhem as provas sem qualquer punição.

Enfatizou que no caso da prisão preventiva o arguido goza do direito à presunção de inocência e a referida medida assegura a recolha de provas criminais.

Para os juízes, a lei dá poderes aos réus caso seus direitos sejam violados durante a fase preparatória do processo, podendo o sujeito apresentar reclamações e impugnações.

Com o lema “A Suspensão dos Procedimentos nos Princípios de Ensino”, a reunião anual de revisão da Comarca Norte contou com a presença do Procurador-Geral da República, Hélder Pitta Groz, e de vários magistrados do Ministério da Justiça e Comunidade.

Neste evento, questões relacionadas com a relação entre o Ministério Público, organizações de investigação criminal e o juiz certificador, orientações de preparação e o papel do juiz confirmante na ordem de preparação.

Foram também abordadas questões sobre a Direcção-Geral de Impostos e a Polícia Fiscal no despacho de instrução, bem como os desafios dos despachos criminais face ao novo modelo de despacho de despacho.

 

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