CAÍDA DE MAIS DE 25% EM SUAS AÇÕES FACEBOOK EM UM ÚNICO DIA, Será o fim do facebook?

A queda afetando as ações do facebook


 Em um único dia, o Facebook registrou uma perda  de mais de 25% em suas ações, o equivalente

a mais de 230 bilhões de dólares em  valor de mercado, considerada a maior queda da história do mercado de ações. Por si só, esse não é um dado alarmante, especialmente considerando que o Facebook ainda é  a rede social mais utilizada do mundo: são quase 3 bilhões de pessoas a cessando a plataforma  mensalmente. 


O que chama atenção é a possível tendência que está por trás dessa queda. O número de usuários ativos do Facebook caiu pela primeira vez desde que a rede social  foi criada 18 anos atrás. No fim de 2021, a empresa perdeu cerca de 1 milhão de usuários. Esse dado isolado não parece importar muito, já que a plataforma tem quase 2 bilhões de usuários  ativos todos os dias, mas ele importa, olha só: Se você tem menos de 35 anos, é bem provável que  você use muito pouco ou quase nada o Facebook, e a chance é que você não faz parte  da estatística de usuários diários.

Quando eu converso com meus amigos  sobre o assunto, o consenso é unânime: o facebook está morrendo. Mas pros investidores isso pouco importa, porque todos os anos o facebook crescia, tanto em número  de usuários quanto em faturamento, e pra eles é isso que importa: pra onde a plataforma está indo. Pra nós, a perda de 1 milhão de usuários parece não ser nada, uma gota no oceano. Mas  pro investidor significa outra coisa: que a tendência de queda começou. Esse dado também está associado a uma queda nos lucros de quase 10% em  relação ao mesmo período do ano anterior, e isso assustou ainda mais investidores, porque  pode indicar que tanto pessoas quanto anunciantes estão começando a migrar, de forma definitiva, do  Facebook pra outras plataformas, como o Tik Tok.


Vista principalmente pelos mais jovens  como uma plataforma cada vez mais tóxica, o Facebook enfrenta problemas associados à sua  reputação, com escândalos como o da Cambridge Analytica, envolvendo a coleta e a venda  de dados dos usuários, além da famigerada estratégia de comprar seus concorrentes  ou copiá-los para fazê-los ir a falência.

No meio desse turbilhão, a empresa Facebook muda  de nome para Meta, na tentativa de desassociar a empresa da plataforma que pode estar começando o  seu declínio, ao mesmo tempo que cria a aparência de que eles tem algo muito melhor e maior na manga  pra agradar os investidores: o tal do Metaverso.

Enquanto isso, seus concorrentes desenvolvem  recursos cada vez melhores e algoritmos mais inteligentes, abocanhando cada vez  mais usuários que antes passavam seu tempo no Facebook ou Instagram. A grande questão a resolver é: Será que o Facebook, uma das maiores  empresas de tecnologia do mundo, está com os dias contados? E o que  eles estão fazendo pra virar esse jogo?


Apesar de ter sido a primeira  rede social amplamente utilizada, existiram outras redes sociais antes  do Facebook, como o MySpace e o Orkut, bastante popular em alguns países como o Brasil. Mas o Facebook foi criado no lugar certo, na hora  

certa: sua popularidade em grande parte coincidiu  com a mesma época em que novas tecnologias, 

como smartphones, tablets e internet móvel,  se tornavam cada vez melhores e mais baratas. 

Por isso, pro Facebook, essa coincidência  resultou em uma excelente época pra prosperar.

Pra se ter ideia, a plataforma se tornou  popular mais ou menos na mesma época que o primeiro iPhone foi lançado. Antes dele,  os smartphones eram muito mais limitados.

Isso quer dizer que, de repente, você podia usar  seu celular pra acessar o Facebook e interagir com os seus amigos sem precisar estar na frente  de um PC como era na época do MySpace e do Orkut, então tudo ficou muito mais fácil. O Facebook também facilitou a troca de mensagens instantâneas com qualquer pessoa, com  o chat da plataforma, que fez com que muita gente abandonasse os até então populares MSN e Skype. A plataforma logo se tornou a rede social mais utilizada do mundo, abocanhando a  maior fatia do mercado. No Brasil, o Facebook ultrapassou o Orkut em 2012 e se tornou  a mais usada pelos brasileiros. No mundo, já eram mais de 1 bilhão de usuários a essa altura. Naturalmente, todo esse crescimento atraiu a atenção de um grupo especial de pessoas:  Os anunciantes — que começaram a enxergar na plataforma um excelente lugar pra  divulgar seus produtos e serviços: e eles não poderiam estar mais certos. Por isso, o modelo de negócios do Facebook, assim como o da maioria das redes sociais,  passou a ser fortemente baseado na venda de espaço pra publicidade e no uso dados pra  criação do que são chamados perfis de consumo.


Esses perfis de consumo, em particular, são  extremamente interessantes pras empresas, porque dão a possibilidade de se criar anúncios  ultra segmentados. Foi exatamente a combinação de um volume absurdo de pessoas e a  capacidade de coletar e tratar dados, de interesses a demográficos, que  tornou o facebook o gigante que é hoje.

Toda a história do marketing é pautada em  tentar entender o que o consumidor quer e o que as redes sociais foram capazes de fazer,  especialmente o Facebook, foi dar às empresas o mais próximo disso até agora. Um jornal impresso, por exemplo, é talvez um dos formatos de mídia mais genérico  e menos interativo, seu principal destaque é conseguir atingir um público local muito  específico, e os anunciantes sabem disso. 


A televisão levou essa dinâmica pra outro  nível, atingindo muito mais pessoas. Embora ela não consiga escolher pra quem vai exibir os  anúncios, ela consegue te entregar que perfil de pessoa assiste determinados programas, e qual  audiência você potencialmente vai atingir - além é claro do mundo de possibilidades  que o anúncio em vídeo te proporciona.

O facebook transformou essa indústria em vários  pontos. Primeiro que te permite ser muito mais

específico, podendo escolher exatamente  pra quem você quer anunciar: idade, gênero, interesses, preferências, hábitos de consumo. Mas ele também possui uma inteligência artificial avançada, que busca identificar quem, dentro do  público selecionado, que tem maior propensão de tomar uma ação - como comprar seu produto,  visitar seu site ou enviar uma mensagem. Se não fosse o bastante, ele ainda permitiu  a entrada do pequeno entre os anunciantes.  

A TV era ótima em atingir grandes audiências,  mas não era pra todo mundo. Grandes empresas lucraram muito anunciando na televisão por  décadas, e por isso anunciar na televisão era extremamente caro, além de que não  era pra qualquer nicho de negócios.


Geladeiras sempre venderam bem por lá, mas um  corretor de imóveis no interior do Rio Grande do

Sul provavelmente não teria bons resultados,  porque seu produto não era pra todo mundo.

Isso tudo mudou com o facebook, que abriu as  portas pro pequeno escolher não só pra quem ele

quer anunciar, mas também onde ele quer anunciar. O facebook não se tornou grande competindo com o anunciante da tv, ele trouxe toda  uma legião de novos anunciantes.

O nível de inteligência do facebook chegou a um  ponto que em um determinado momento no passado era possível anunciar pra uma única pessoa. Em uma matéria do Observer de 2014,

eles contam a história de Brian Swichkow que  resolveu criar alguns anúncios para o seu colega

de quarto como uma vingança de uma pegadinha. Na época ainda era possível fazer anúncios

tão específicos que eles eram exibidos só pra  uma pessoa, o que foi deixando seu colega de

quarto neurótico achando que o Facebook o estava  espionando, já que os anúncios continham detalhes até mesmo da roupa que ele estava usando no dia. Existem vários outros relatos semelhantes na internet, inclusive de pessoas que usaram  os anúncios para chegar diretamente a pessoa que estava fazendo um processo seletivo de  uma empresa, o que garantiu uma entrevista.

Estes casos são modestos e  talvez nem tão invasivos, mas alguns casos foram extremamente polêmicos,  que é exatamente o que eu vou te contar agora.

No início, o Facebook era a plataforma mais  descolada da internet: todo mundo tinha ou queria ter um perfil lá. Com o passar do tempo,  a experiência do usuário foi mudando e surgiram outras plataformas tão boas ou até melhores. Como parte de uma estratégia pra se manter relevante, o Facebook comprou alguns de  seus principais concorrentes da época, como o Instagram e o Whatsapp. O Whatsapp não era necessariamente um concorrente pro Facebook, e pagar 19 bilhões de dólares em  uma empresa que não dava lucro, foi visto como algo surreal lá em 2014. Mas pra uma empresa que  vive de dados das pessoas, era uma compra lógica.

E as pessoas se perguntam por  que o whatsapp ainda é de graça.

Dois anos antes eles haviam comprado o  Instagram por 1 bilhão de dólares, e as pessoas já acham que o Mark Zuckerberg tava louco. Nessa época o Facebook começou a ficar famoso por comprar todo mundo que começava a crescer,  alguns anos depois, a fama começou a mudar pra empresa que ou compra os concorrentes,  ou copia e faz com que eles quebrem.

Quando comprou o instagram, o facebook já tinha  uma série de recursos que tem hoje, enquanto o

instagram na época era apenas fotos. Uma rede  social simples em uma época que as câmeras nos celulares eram razoáveis e a internet era  suficientemente boa pra carregar algumas imagens.

Mas logo o vídeo começou a se tornar uma  possibilidade, especializados em lives, surgiu o Meerkat e o Periscope. Com o crescente  sucesso, o facebook implementou todas as características dos serviços nas suas plataformas. O Periscope acabou sendo comprado pelo twitter por

estimados 100 milhões de dólares,  o Meerkat viu sua trágica queda.

O filme do Facebook conta a história  dos irmãos que alegam que sua ideia foi roubada por Mark Zuckerberg, mas a verdade  é que várias outras ideias foram roubadas e incorporadas dentro das suas plataformas - esse  padrão se estabeleceu desde o primeiro dia.


Quando o Snapchat recusou a oferta do facebook  para vender a empresa por 3 bilhões de dólares

lá em 2013, o facebook rapidamente incorporou  seu principal recurso em suas plataformas, o stories - hoje ela é considerada  uma das principais funcionalidades do Instagram e até o whatsapp tem sua versão. Eles lançaram o facebook gaming pra competir com a Twitch, o Workplace pra competir com  o Slack, Facebook dating para competir com o Tinder, Marketplace pra competir com  o eBay e muitas outras funcionalidades.

Mas o Facebook foi incapaz de conter o surgimento  de plataformas que performassem melhor que a sua, e que crescesse mais rápido do que  ele podia copiar - como o Tik Tok.

O Tik Tok oferece algo que não é novidade: os  vídeos curtos. Mas ela faz isso de uma forma diferente, o que acabou atraindo muita  gente, especialmente os mais jovens.


A plataforma rapidamente se tornou uma das  principais redes sociais utilizadas entre os usuários de smartphones. A própria plataforma  anunciou em Setembro de 2021 que havia atingido a marca de 1 bilhão de usuários mensais. O Facebook incorporou a exata mesma funcionalidade dentro do instagram, o Reels,  que depois veio pro Facebook também. 

Mas isso só fez com que ambas as plataformas se tornassem  um ambiente muito confuso, onde dá pra fazer tudo, mas ao mesmo tempo não dá pra fazer nada. Enquanto isso o Tiktok é simples e direto, ele faz só uma coisa, e faz muito melhor. Isso, somado aos escândalos, fizeram com que cada vez mais pessoas abandonassem  tanto o facebook, quanto o instagram.


O facebook sempre foi uma bagunça,  o lugar onde supostamente tem tudo, mas ao mesmo tempo nada parece prestar. Quando o  Instagram surgiu ele mostrou o valor de ter menos, apenas fotos. Na época, até fotos com  texto nelas tinham seu alcance limitado.

As lives e stories criaram uma nova dinâmica que  até foram bem recebidos, já o IGTV, que tentou concorrer com o Youtube, nunca atraiu os usuários,  e agora o Reels te faz passar horas assistindo coisas inúteis e criando uma geração de imbecis. Mas a queda do Facebook não começou com a concorrência rápida e eficiente, e sim  com o monstro que eles haviam criado.


Seu sistema de coleta de dados e venda de  anúncios se tornou uma arma muito poderosa, e foi sua própria tecnologia que deixou  pessoas e alguns governos furiosos.

Em 2018, veio à tona o escândalo da empresa  de consultoria política Cambridge Analytica, que conseguiu obter dados de dezenas de milhões  de usuários do Facebook sem o consentimento deles.


Esses dados foram utilizados para fins políticos  nos Estados Unidos durante as eleições de 2016, que aliado a uma estratégia de  divulgação de notícias falsas, pode ter mudado a direção das eleições. Em abril de 2021, um grupo de hacker colocou à venda informações de mais de  520 milhões de usuários do Facebook, que incluíam dados como nom completo,  endereço, número de telefone e outras informações pessoais. Esse vazamento colocou  em xeque a segurança dos dados dos usuários dentro da própria plataforma também. Mais tarde, no mesmo ano, outro escândalo envolvendo o Facebook foi noticiado  no mundo inteiro. O “Facebook Papers”, como o caso ficou conhecido, contou com o  vazamento de documentos internos da companhia, que acabaram com qualquer dúvida sobre a má-fé  da empresa em relação aos dados de seus membros.

Os documentos incluíam vários relatórios  internos que deixavam explícito que a direção da empresa tinha conhecimento de  inúmeros defeitos potencialmente perigosos associados à plataforma, mas que mesmo assim  optou por não fazer nada a respeito disso.


Especialistas concluíram que as redes  sociais do grupo Facebook serviam como plataforma pra coisas como disseminação  de discurso de ódio, desinformação, impactos negativos na política e até mesmo  operações de tráfico humano e cartéis de drogas.

A lista é enorme e não para por aí, mas deixa  claro que a direção sabia dos impactos negativos da plataforma, mas mesmo assim preferiu não  agir, como quando os relatórios mostraram repetidas vezes que o Instagram é extremamente  prejudicial pra saúde mental de adolescentes, ao mesmo tempo em que a companhia defendia  em público que não havia problema algum.


Os perigos das redes sociais  são muito bem apresentados no documentário O Dilema das Redes, no Netflix. Claro que também existe uma longa discussão se é a própria empresa Facebook que deve julgar  o que é certo ou não, e se as suas plataformas devem ou não ser um lugar livre para as pessoas  se expressarem e compartilharem o que quiserem.

Mas o Facebook não é a única Big Tech a coletar  dados de usuários, e existe uma grande chance de que outras empresas de tecnologia não tenham  uma conduta muito diferente da do Facebook.

O Google mesmo pode ser um exemplo disso: ele  é tão grande quanto o Facebook, é amplamente

utilizado e também coleta dados pessoais dos  usuários com o mesmo propósito de usá-los na otimização de anúncios. Ou mesmo a Amazon,  que basicamente espiona seus clientes, como a gente falou nesse outro vídeo aqui no canal,  que você pode conferir no link da descrição. Isso tudo mudou muito a imagem do Facebook e  a relação da empresa com o público em geral só piorou. Com os investidores não foi diferente,  já que todos esses episódios afetaram de alguma forma o desempenho da companhia,  que refletiu no mercado financeiro.


Mas o maior golpe da história do Facebook  só aconteceu no início de 2022 quando Mark Zuckerberg divulgou os últimos relatórios da  empresa, que demonstraram no papel o que já vinha sendo percebido por muitos na prática. O desempenho ruim da empresa foi responsável por uma queda nas ações de 230 bilhões de dólares  da noite pro dia, quantia maior do que o PIB da Nova Zelândia em 2020, e resultado direto da  perda de confiança por parte dos investidores em relação à capacidade do Facebook de  se recuperar nos próximos meses ou anos. O que muitos investidores temem é que  essa queda seja só o início da derrocada do Facebook, associada à migração  das pessoas pra outras plataformas, como o próprio Tik Tok, potencializada  por uma espécie de crise de credibilidade.

2020 e 2021 foram anos em que a pandemia fez  com que as pessoas ficassem mais tempo em casa, o que aumentou o tempo de uso das redes sociais.  Mesmo assim, os resultados do Facebook foram piores do que os resultados pré-pandemia. A cereja do bolo, que acabou dificultando ainda mais as coisas pra empresa, foi um  sistema lançado recentemente pela Apple, chamado de “App Tracking Transparency”. 


Dona de uma parcela considerável dos smartphones que são comercializados pro público, o “ATT” faz  parte da estratégia da Apple pra se desvencilhar dos escândalos envolvendo vazamento de dados e da  falta de transparência associados às Big Techs, grupo do qual ela curiosamente também faz parte. O recurso informa aos usuários do iOS quando determinado aplicativo deseja compartilhar  suas informações com terceiros e oferece a opção de impedir essa ação, o  que acaba impactando diretamente na receita de empresas como o Facebook. O grande poder dos anúncios do facebook, além das super segmentações, sempre foi a capacidade  de medir exatamente os resultados obtidos. A capacidade de medir minuciosamente a quantidade  de vendas geradas, leads cadastrados, em quais  páginas eles estão parando e onde, no meio dessa  jornada do consumidor, precisa ser otimizado.


Diante disso tudo, quais são as  chances do Facebook sobreviver?

O envolvimento quase que constante em diversos escândalos prejudicaram tanto a reputação do Facebook que ele resolveu alterar o nome pra  “Meta” o que, aparentemente, não pegou muito. Mas não foi somente uma mudança de nome, eles estão fazendo o possível pra se desassociar da ideia “Facebook” através  de uma repaginada total, que envolve uma aposta meio audaciosa, meio bizarra: o Metaverso. O Metaverso seria um universo fictício, que incorporaria a utilização de tecnologias como realidade virtual, tanto pra criar uma réplica fiel  do mundo real, quanto pra criar mundos de fantasia como em jogos eletrônicos. A apresentação do Metaverso foi motivo de piada, porque é algo muito distante da realidade. Primeiro que precisa de equipamentos como o próprio Oculos, empresa que também foi adquirida  pelo Facebook lá em 2014. Só o equipamento custa em torno de 3 mil reais aqui no Brasil. E segundo que algo totalmente distante da realidade, que busca desconectar a pessoa do  mundo físico, enquanto um celular ou computador são coisas de utilidade diária, e neles as redes  sociais são apenas uma extensão do mundo real. 


Fora que os relatos indicam que usar  esses equipamentos são extremamente cansativos pros olhos, podem causar dor de cabeça  e tontura. Fora os riscos a saúde no longo prazo. E além disso, toda a criação do  Metaverso foi muito criticada também, por que as pessoas não estão mais caindo no papo  do Zuckerberg quando ele fala sobre privacidade, já que os escândalos envolvendo o Facebook são  muito bem conhecidos, e todo o desenrolar desses escândalos provam que eles não estavam nem aí para  os usuários, então, por que iremos confiar agora? Se as pessoas estão céticas, os  investidores também. Esse é um investimento de completa incerteza, que  pode vir a ser algo de grande potencial, mas nesse exato momento é mais visto como um  grande risco do que como uma grande oportunidade. 


Mesmo assim, essa tem sido a aposta do Mark  Zuckerberg, de longo prazo da empresa, o que significa  que a maioria das decisões tomadas pelo Facebook daqui em diante, levarão fortemente em  consideração a viabilização do tal Metaverso. 

Claro que eles também estão tentando se  adaptar às mudanças, mas foi exatamente o que o Orkut e o MySpace fizeram quando o  Facebook começou a invadir o espaço deles. 

O facebook tem de tudo um pouco, mas  quem que acessa ele pra assistir vídeos, quando existe o Youtube que é especialmente  feito pra isso e é muito superior? 

Quem vai usar o Messenger no lugar do whatsapp? 

Quem usa o TikTok com frequência sabe que  ele é muito superior aos Reels do Instagram. 

A tendência de uma plataforma que tem  tudo parece cada vez menos atrativa, quando plataformas independentes são muito  melhores em fazer uma coisa específica.

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