Após a notícia de que a Amazon se preparava para demitir cerca de 10.000 trabalhadores esta semana, um executivo da empresa se pronunciou pela primeira vez sobre o assunto.
O vice-presidente sênior de dispositivos e serviços da Amazon, Dave Limp, postou no blog da empresa observando as demissões. O funcionário disse que o mau ambiente macroeconômico está levando alguns grupos a fazer mudanças, deixando "alguns empregos redundantes".
A empresa não confirmou quantos trabalhadores foram demitidos, mas segundo o New York Times, os feridos representarão 3% da força de trabalho da empresa. As ações da Amazon caíram mais de 2% na segunda-feira, 14, dia da reportagem.
E de acordo com o New York Times, a Amazon parou de contratar equipes pequenas em setembro, e a paralisação entrou em vigor em toda a empresa há duas semanas.
As demissões acontecem semanas antes da maior liquidação, com a chegada da Black Friday, último dia do mês, e das compras de final de ano para coincidir com o Natal.
Além da Amazon, outras grandes empresas de tecnologia dos EUA também são afetadas pelo plano de demissões em massa. Nesta lista estão Netflix, Tesla, Twitter, Coinbase e Meta. Para cortar custos, o chefe do Facebook teve que fechar um escritório na Infinity Tower, um dos prédios mais caros da capital paulista.
Ainda não há informações se as demissões da Amazon afetarão as operações da varejista no Brasil.
As demissões nos EUA têm um cenário muito negativo para a economia americana diante das altas taxas de juros e da inflação. Desde o início do ano, a Reserva Federal (Fed, o banco central dos EUA) aumentou as taxas de juro de quase zero para entre 3,75% e 4%, prevendo-se ainda novas subidas.