Um estudo publicado na revista "Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention" revelou uma associação preocupante entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o risco aumentado de desenvolvimento de câncer.
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O estudo, liderado por pesquisadores da Universidade de Navarra, na Espanha, analisou os hábitos alimentares de mais de 197 mil pessoas com idade entre 40 e 69 anos ao longo de um período de 10 anos. A ingestão de alimentos ultraprocessados dos participantes foi avaliada, e a incidência de câncer foi monitorada durante o período do estudo.
Os resultados indicaram que indivíduos com maior consumo de alimentos ultraprocessados tinham um risco significativamente aumentado de desenvolver câncer. Especificamente, aqueles que obtiveram 10% das calorias diárias de alimentos ultraprocessados apresentaram um risco 23% maior de câncer de cabeça e pescoço, incluindo tumores de boca, garganta e esôfago. Além disso, seu risco de câncer de esôfago especificamente foi elevado em 24%.
Alimentos ultraprocessados são caracterizados por seu alto teor de gorduras, açúcares, aditivos artificiais e baixo valor nutricional. Eles já foram associados a diversas preocupações de saúde, incluindo obesidade, doenças cardíacas e diabetes. Este estudo corrobora ainda mais os efeitos adversos desses alimentos, associando-os a um risco aumentado de desenvolvimento de câncer.
Estes achados destacam a importância de adotar uma dieta equilibrada e nutritiva, limitar o consumo de alimentos ultraprocessados e priorizar alimentos integrais e não processados. Ao fazer escolhas alimentares informadas, as pessoas podem reduzir o risco de desenvolver câncer e promover o bem-estar geral.