MP investiga suspeitas de favorecimento no caso das gémeas brasileiras

O Ministério Público (MP) está a investigar desde o início de novembro um possível caso de favorecimento no tratamento de duas gémeas luso-brasileiras com uma doença rara. 

As meninas, que viviam em São Paulo, no Brasil, foram tratadas com um medicamento que custa dois milhões de euros por criança no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

O caso ganhou notoriedade após a companheira do filho do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitir que houve intervenção da sua Casa Civil no processo. A mulher, que não foi identificada, disse que conhecia a família das gémeas e que decidiu intervir para que elas pudessem ser tratadas em Portugal.

O MP abriu um inquérito para apurar se houve algum favorecimento na autorização da utilização do medicamento. Para já, o inquérito visa desconhecidos, mas o Presidente da República poderá vir a ser constituído arguido se as investigações o justificarem.

O caso está a gerar polémica em Portugal, com alguns a acusarem o Presidente da República de usar a sua influência para beneficiar familiares ou amigos. O Presidente já negou qualquer irregularidade e disse que a sua Casa Civil apenas interveio para agilizar o processo de autorização do medicamento.

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