Na última cúpula do G20 realizada sob a presidência da Índia, a África do Sul já se prepara para assumir oficialmente a liderança do grupo neste domingo.
O presidente Cyril Ramaphosa participou ativamente do evento, destacando a importância de promover um diálogo global mais inclusivo, especialmente voltado para os desafios enfrentados por economias em desenvolvimento.
A cerimônia de transição contou com a presença de líderes mundiais, incluindo o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que simbolicamente passou a liderança para a África do Sul. O gesto marca o início de um novo capítulo para o G20, sob a direção de um país africano que tem como objetivo trazer as preocupações do continente e do Sul Global para o centro dos debates.
Prioridades da presidência sul-africana
Durante seus pronunciamentos, Cyril Ramaphosa enfatizou que a presidência da África do Sul no G20 será dedicada ao combate às desigualdades globais, à promoção de um desenvolvimento sustentável e ao fortalecimento da resiliência das economias mais vulneráveis. A transição energética justa e o acesso equitativo a recursos financeiros para enfrentar crises, como mudanças climáticas, também estão entre as prioridades da agenda.
Ramaphosa destacou ainda a necessidade de fortalecer a cooperação multilateral e o papel dos países em desenvolvimento nas decisões globais. “Nosso foco será construir pontes e assegurar que todas as vozes sejam ouvidas, especialmente aquelas das nações historicamente marginalizadas no sistema econômico internacional”, afirmou o presidente.
Desafios e oportunidades
A liderança da África do Sul no G20 ocorre em um momento desafiador para a economia global, marcado por crises econômicas, tensões geopolíticas e a urgência de enfrentar os impactos das mudanças climáticas. Como único membro africano do grupo, o país terá a missão de representar não apenas os interesses do continente, mas também de mediar os interesses divergentes entre grandes potências e economias emergentes.
Especialistas apontam que a presidência sul-africana será uma oportunidade única para colocar as necessidades do continente africano em destaque, como o financiamento para infraestrutura, combate à pobreza e ampliação do acesso às tecnologias.
O G20, que reúne as 20 maiores economias do mundo, representa cerca de 85% do PIB global e dois terços da população mundial. Assim, a África do Sul terá um papel crucial em influenciar decisões com impactos significativos para o futuro do planeta, especialmente em relação às nações em desenvolvimento.
O mundo agora observa com atenção como a África do Sul conduzirá esta missão ao longo de 2024, trazendo uma perspectiva africana e global para os principais debates econômicos e sociais do G20.
Por Olho Global
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