O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, viu aumentar a criminalidade na Praia, mas disse que não há necessidade de medir ou normalizar a criminalidade na capital do país.
"Houve, de facto, casos de violência e criminalidade na Praia, mas é preciso dizer que não se deve criar drama e dar a impressão de confusão na actividade das agências", disse o chefe do Governo, apresentado na conferência de imprensa.
Cerimónia de tomada de posse do chefe de polícia do Departamento de Justiça (PJ) e da Unidade de Informação Financeira (UIF).
Correia e Silva fez estas declarações enquanto os trabalhos de Natal e Fim de Ano decorrem em segurança em todo o país e houve detenções e apreensões de armas, munições e droga na cidade da Praia, segundo comunicado da Polícia Nacional (PN).
Por isso, diz que “o crime deve e deve ser combatido” e diz que as instituições devem “melhorar o seu desempenho”.
“E há políticas integradas de combate à criminalidade”, enfatizou o primeiro-ministro, lembrando que até outubro, quando decorrem operações especiais de prevenção da criminalidade na capital do país, foram apreendidas 600 armas de fogo e 8.823 cartuchos de munições, principalmente na pradaria porta.
“E quem traficar com armas de fogo e munições deve ser preso e levado a tribunal”, insistiu Correia e Silva, entendendo que as operações especiais devem decorrer regularmente.
Na sua intervenção, o primeiro-ministro disse ainda que é importante mudar a percepção de que vivemos num sistema em que o risco de detenção dos infratores é baixo.
“Não pelo quadro punitivo brando, mas por problemas processuais e de comunicação por parte da polícia bem como ações judiciais que abriram espaço para que esta ideia exista”, alertou, apelando a um “forte trabalho social” e responsabilização parental.
Sobretudo na cidade da Praia, criticou “onde não há respeito pela ordem, a liberdade de um, a paz do outro, e a ideia de que tudo se pode fazer sem consequências”.
Nesse sentido, ele destaca a importância das prefeituras em garantir que a forma como atuam na cidade seja seguida para evitar tumultos e crimes.
"O conceito de ordem e limites é fundamental para a vida em sociedade. Em todos esses aspectos - policial, judiciário, urbano e social - a atuação das organizações deve ser forte", insiste e promete "o melhor" em roubos, furtos, . lesões, ameaças e violência sexual, especialmente na Praia e São Vicente.